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Coluna: Konichiwa, bartender #6

Ai, Jesus.

Então, primeiro eu queria que vocês vissem uma foto:

Pois bem, viram quem está ali do lado esquerdo com cara de IDIOTA?

E digo mais: se você clica Jesus Luz no Google Images, uma das fotos que aparece É ESSA. E não, eu não sinto orgulho disso, mas achei legal dividir esse mico com vocês como presente de Natal.

Bom, agora vamos à vaca fria.

Não sei o que esperar de 2010, definitivamente, mas sei o que esperar dessa próxima Balada Mixta. Confesso que muitas coisas aconteceram nesse último mês, coisas que vocês não precisar ouvir (mas enfim, se quiserem, vá lá: um novo relacionamento, águas agitadas no coletivo de teatro que participo, mudanças no trabalho – físicas, mesmo). Só no agitinho. É por isso que eu, canalha que sou, faltei nas últimas duas Baladas Mixtas mesmo sendo colunista. O Pedro disfarça e finge que está tudo bem mas na verdade eu vejo rastros de ódio no olhar dele. Juro que na próxima vou me esforçar e, se não tiver uma enchente com uma árvore caindo na Rebouças e botes salva vidas cheios de homens bigodudos com óculos modelo aviador salvando crianças afogadas em Pinheiros, COMPAREÇO, sim, pra essa que é a ÚLTIMA BALADA MIXTA DO ANO.

E como disse que não sei o que esperar de 2010, pelo menos posso dizer o que eu gostaria que acontecesse, né? Então aqui começa a minha RETROSPECTIVA IDEAL DE 2010!

1. Em janeiro, Lady Gaga faz um show de graça no Brasil no Ibirapuera e ninguém fica sabendo além do povo que freqüenta a Balada Mixta, aí só a gente vai e se diverte pencas e depois ela fica nossa bróder e vai beber com a gente no Real, na esquina da Simão Álvares com a Cardeal.

2. Em fevereiro, todos os grandes anunciantes finalmente se convencem que a internet é o único meio que eles devem investir e todo mundo que trabalha com internet vira milionário – eu incluído.

3. Em março, tiro férias, viajo pro Japão e convenço o Pizzicato Five a fazer um revival na Balada Mixta – não sem antes conhecer um tio perdido muito rico dono da maior fabricante de saquês do mundo e ficar ainda mais milionário (e mais bêbado).

4. Em abril os cientistas descobrem um meio de trazer água da lua, o aquecimento global inexplicavelmente retrocede e o preconceito acaba – todo mundo respeita os homossexuais, quem está no armário sai do armário, quem é hétero pensa em experimentar – e quem é gay também pensa em experimentar algo hétero… Esse momento será conhecido como a segunda Revolução Sexual e a gente vive, de repente e novamente, os anos 60 e 70.

5. Em maio, mês das noivas, eu me caso (mesmo, de papel passado, porque o mundo já vai ter passado pela segunda Revolução Sexual) e a cerimônia acontece na Balada Mixta. Mais três casais de pessoas que se conheceram na Balada Mixta também se casam no mesmo dia.

6. Em junho Sandy decide que é do rock, vira uma louca insandecida e grava o melhor álbum nacional da década. Ela faz a festa de lançamento na Balada Mixta.

7. Em julho SP vê neve pela primeira vez, vive um pequeno caos mas tudo fica bem na última semana.

8. Em agosto cerca de 15 famosos morrem, como sempre acontece em agosto.

9. Em setembro Madonna e Angelina Jolie decidem assumir seu relacionamento amoroso e vão morar com seus 35 filhos no Brasil, mais especificamente em Trancoso. Domingos de Oliveira grava um filme com Angelina e participação especial de Madonna um filme tocante, muito poético, e faz um grande sucesso internacional que faz as pessoas se indagarem que, sim, talvez o Brasil seja o país de um futuro próximo e não de um futuro hipotético.

10. Em outubro descobrem alienígenas muito legais e muito parecidos com seres humanos. Todo mundo que ainda está solteiro e quer namorar encontra sua alma gêmea alienígena. E a primeira edição intergalática da Balada Mixta acontece, em uma lua de Júpiter.

11. Em novembro descobrem que Elvis não tinha morrido mesmo, e que ele morreu em outubro. Descobrem também que a civilização Maia era uma mentira e que o mundo não vai acabar em 2012. E descobrem Atlântida, e os avanços da ciência atlante (é assim que se fala?) ajudam a humanidade a descobrir a cura de todas as doenças, incluindo AIDS, gripe, câncer e, sei lá… Ebola?

12. Em dezembro a Xuxa vira a nova monja Cohen e prega a felicidade pra toda a nação. Ela vira uma personalidade de grande destaque mundial, o Brasil vira um pólo da felicidade eterna e, afinal, vira o país do presente.

Pulei a parte das eleições, né? Ai, gente, não faz pergunta difícil. 2010 vai ser tudo.

XOXO,

Jorge Wakabara é otimista e acha que 2009 foi tudo. E você?

Coluna: Konichiwa, bartender #5

Ela conquista meu coração quando remexe com a “Dança da Cordinha”, que a Juliana Brandão mandou avisar lá de BH que vai voltar com tudo ao lado da lambada.

E ela também é a mãe de Camille Vitória. Estou falando de Carla Perez, Carlinha, a musa dessa próxima edição da Balada Mixta.
Carla, pra quem não sabe, povoa meu imaginário pop muito mais do que a Cher e a Donna Summer juntas. Isso porque, além de ter assistido muito Gugu e Domingão do Faustão, ela é a protagonista de “Cinderela Baiana”, big hit da filmografia trash da minha vida… Tanto é que eu TENHO UMA CÓPIA EM VHS!
Seleção?

 

Já devo ter assistido essa pérola da cinematografia nacional umas 15 vezes. Você nunca assistiu? Vou dar alguns motivos pra você procurar o torrent da preciosidade imediatamente. Vai lá:

1. Carlinha faz o papel de… Carlinha!

2. Carlinha pequena consegue roubar as atenções e os trocados dos pivetes que ficam tampando buraco com terra nas estradas baianas… dançando axé, claro.
3. Lázaro Ramos e a pior interpretação da sua vida.
4. Lázaro Ramos E Alexandre Pires na mesma cena.
5. Lázaro Ramos E Alexandre Pires na mesma cena, e é uma cena de ação meio Trapalhões.

Enquanto umas vão pr’A Fazenda, outras tomam o
mundo de assalto sendo tema da Balada Mixta

6. Tem uma cena maravilhosa que Carlinha dá um beijo na bochecha de Alexandre – e ele desmaia!
7. Na cena de “transformação” de Carla em uma “grande estrela”, eles vão numa BUTIQUE teoricamente muito chique. Se não estou enganado, o local tem AZULEJO no chão, mais feio que o da minha casa!
8. O vilão é tipo um escândalo, acho que ele usa Neon falsificado.
9. Tem uma cena com orixás que ninguém entendeu porque foi incluída ali no meio. Acho que nem o diretor entendeu.
10. A baiana que vende acarajé, que é a melhor atriz do filme inteiro, fica espantada com o sucesso de sua barraquinha depois que Carlinha dá um show de requebrado ali do lado e diz: “Mas essa baianinha parece uma Cinderela. Será que é um anjo que veio iluminar a minha vida?” Er.
11. E o clássico dos clássicos: o fim. Cuidado, spoiler, não aperte o play se não quiser ver o final!!!
Jorge Wakabara gosta da Scheila Carvalho e não curte a Sheila Mello

Coluna: Konichiwa, bartender #4

jorgeE quando a gente sabe que não vai numa Balada Mixta?

Pois é o caso. O colunista que vos fala faltará pela primeira vez no culto porque está trabalhando – na quinta, estarei em BH cobrindo Minas Trend Preview e aproveitando pra acompanhar o Eletronika, festival de música da cidade que vai ser bem legal, tem Anoraak no line-up e tudo!

Mas aí é com tristeza que digo que não vou. E pensando num tema pra coluna de hoje, uma vez que estou em Brasília (vou direto da capital federal pra BH) me preparando pra ir numa festa de Halloween (essa coluna foi escrita no domingo) de oncismo (consiste em uma máscara de onça mais macacão e bota pretos), pensei… por que não falar de Brasília? Dessa noite brasiliense lhinda?

Sei muito mais do passado da noite de Brasília do que do presente. E vou comentar os 4 lugares onde a Balada Mixta poderia acontecer por aqui:

1) Landscape: o seu, o meu, o nosso. Foi no Landscape que aconteceu o histórico show brasiliense d’Os Princesa em que nada deu certo e tudo deu certo, e que eu quebrei uma pia – desculpa, donos do Landscape, juro que não estava com aditivos químicos nem tive um acesso de fúria, foi sem querer. Foi no Landscape também que eu fiz a minha maior jogada de marketing: me joguei no chão. Literalmente. Tenho uma técnica pra cair – mas o meu condicionamento físico não é mais o mesmo, então não me peça pra fazer de novo. Lembro bem que um das vezes que caí no Landscape a Isabela, irmã da Fernanda Ferrugem, me perguntou enquanto eu ainda estava deitado: “Você desmaiou ou é uma performance?”. Ela não deve se lembrar, mas eu lembro.

2) Gates: onde acontecia (acontece?) a famosa Quarta Vinil, que só toca vinil. Não me lembro bem o que aconteceu lá, mas eu caí por lá também. E recordo vagamente de ter feito amizade com alguém que nunca mais vi na vida.

3) Dulcina: puta que pariu. Esse teatro desativado é uma balada gigantesca. É como se pegassem a batcaverna da Vila Madalena e colocassem um teto nela inteira e dissessem: “Isso é um teatro desativado, vamos fazer balada aí dentro”. Tipo, você entra, tem uma pista, aí tem um corredorzão, aí outro, aí outro, aí outro, e até você chegar no fim você está em Lousiana. Ou Luziânia. Enfim. Foi lá que eu fui falar com a MariMoon e ela me ignorou. Mas tudo bem, tinha um monte de gente falando mal dela na pista, e não de mim. Sabe que ela até que toca bem?

galleria4) Galleria. Now you’re talking my language. É lá que eu vou hoje. Já me contaram que tem rato correndo na pista. E que ampliaram – pegaram um puteiro que tinha na frente e estenderam. “Agora tem até piso!”. O Galleria é uma mistura de todas as baladas underground de SP com o charme de ficar no Conic, bem no centro deteriorado de Brasília, perto de onde tem traveco. O João Marcelo já foi uma vez pra lá e bem diloko passou no meio dos travecos porque desceu do táxi do lado errado. Vai daí que…

Brasilienses: contratem a Balada Mixta. E tem que ser o pacote – leva a turma.

Jorge Wakabara adora Brasília, Oscar Niemeyer e Legião Urbana. Mesmo.

Coluna: Konichiwa, bartender #3

jorgeUma verdadeira balada bacana, que foi feita pra durar e pra gente contar histórias sobre ela depois, tem música boa, bebida, gente bacana… e personagens. Sabia?

Na época em que eu frequentava o Grind, por exemplo, tinha vários personagens. Tinha a menina louca que não lembro o nome – Gutierrez deve lembrar – que fazia um semi-strip-tease no palquinho toda vez que tocava ‘Vogue’. Levantava o vestido e tudo, pagava calcinha, enfim. Tinha também a Natália, uma menina que pintava o olho bem de preto – ela tinha uma amiga bee cabeluda que ficava correndo atrás dela a noite inteira gritando “NATÁLIA! NATÁLIA!”. Foi assim que a gente ficou sabendo o nome dela. A Natália era bem doidinha, alguém sabe por onde ela anda? E teve o cara que era do teatro que a gente perguntou: “Cê é DO TEATRO?” e ele respondeu “Sou do teatro da vida, por quê?” HAHAHA Resposta maravilhosa, né?

Dentro de mim, queria muito que o Vitor Fasano fake que foi na Beyonça Edition da Balada Mixta fosse um dos personagens da nossa baladinha quinzenal, mas ele não apareceu na última. Só que teve um rapaz que apareceu, e que a gente já tinha ficado chocado com ele na edição #0 porque ele dançava horrores e fazia PONTE no meio da música. Isso mesmo, PONTE, aquela que você encosta a mão no chão que fica às suas costas. A gente chamava ele de Mini Lu Ramos porque ele dança pencas que nem o Lu, mas eis que descobrimos que ele tem nome, sobrenome, apelido próprio e disse que tava “Bélgica” quando eu pedi pra entrevistá-lo. Com vocês… Rafael Bacarolo, o primeiro personagem da Balada Mixta!

Ficha técnica:
21 anos
Estuda Letras, Português-Francês, mas quer moda desde pequeno e faz croquis.
É Libra com ascendente em Touro – segundo ele, duplamente regido por Vênus, portanto supersexual.
A sua primeira coleção quando for estilista pode ser inspirada em Gaudí. Ele planeja viajar pra Barcelona.
E se nele não fosse ele, seria… uma Helena do Maneco!

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Você aprendeu a dançar tipo autodidata ou já fez aula de alguma coisa?
Sim, sou autoditada. Em puta&viado! Mas o requebrado eu aprendi em casa, minha mãe desde menina dançava na casa dela, aquelas festas do interior, e música Disco… Samba aprendi com ela e deixo muita mulata no chão!

Qual é a melhor música pra dançar hoje na sua opinião?
Então, a música que eu mais amo dançar é ‘Diva’, que dificilmente toca nas baladas por ser muito black e por ‘Single Ladies’ ser mania mundial. Se fosse DJ, Diva seria a minha marca. Brinco sempre que, quando toca, no outro dia é “só no dorflex, só no dorflex”.

Conta um momento que você gosta de lembrar das Baladas Mixtas anteriores!
Acho que lembro com mais carinho da primeira. Cheguei com uma calça de cintura alta toda de azulejo do Sommer e minha marca pessoal, o óculos Marc Jacobs vermelho. Foi só começar as músicas e eu a dançar que já me senti em casa. Sou alto, magro, chamo atenção pelas roupas que uso: minishort, legging etc., e quando comecei a dançar foi um estado de prazer indescritível. Já na última Balada Mixta aconteceu uma coisa muito engraçada: simulei sexo na mesa ao lado dos DJs ao som de ‘3’, da Britney. Ficou na memória porque simulei com uma MULHER!

Tem um apelido? A gente te chama de mini Lu Ramos porque você dança loucamente que nem ele, mas seria melhor a gente saber o seu apelido real. haha

Que fofo. Digo que Lu é meu pai, sem ele saber, pois ele ganhou a primeira Batalha de Dança do Glória e ele e a Jana foram jurados quando ganhei a 3ª. Eu e o Lu sentimos a música, é esse o ponto… Se quiser AHAZAR na balada, sinta a música! Sinta ela dentro de você e com um pouco de vodka você dançará! Quanto ao apelido: sou conhecido como Rafael Bacarolo, o Bacarolo é sobrenome da minha bisa que adotei como homenagem, desde os 15. Então às vezes sai Bacarolo, Boca de rola, RB… Na USP é queen, deeva, puta, Rafa Puta, só não me chame de Berenice que eu não atendo, o resto OK… Tem algum apelido para mim?!
Bom, Bacarolo, vou te chamar de Baca porque é mais curto, mais prático e fica mais íntimo! Bjs, até quinta – Katylene xpecial edixiooon! E o Mauro Borges, gente? Saudades de ver aquela dancinha!! Cês já viram? Imperdível!

Jorge Wakabara adora fazer entrevistas e também se esfregou com uma mulher na última Balada Mixta.

Coluna: Konichiwa, bartender #2

jorgeBom, se vocês repararem no próximo line-up da Balada Mixta perceberão que sim, esse colunista que vos fala também toca. Afinal, quem hoje em dia não é DJ, né, minha gente?

Mas saibam que não sou tão novo assim nesse FRILA. A primeira vez que eu toquei acho que foi lá por 2001 (sim, faz 8 anos) no Matrix. Oi? No Matrix? É, então, tinha uma noite de quarta-feira no Matrix que se chamava Spooning Good Singing Gum, eu era host (OI??) e às vezes tocava – devo ter tocado uma ou duas vezes.

Era legal porque tinha VINIL e em algum ponto obscuro da minha lembrança eu TOQUEI VINIL (OI???) porque tinha uma música que eu só tinha em vinil e aliás nunca encontrei em MP3 até hoje (chama-se “Sábado que vem” e é de uma tal de Brenda, se alguém tiver digaí porfavor). Depois disso eu tive uma noite com o Gutierrez que se chamava Dramática no Stardust e depois tocava com a Talita em lugares estranhos como o Riviera e o Nanquim – CARACA, LEMBRA DO NANQUIM?! Aí foi perdendo a graça tocar e fui parando, parando…

Mas me lembro muito bem do manual de etiqueta de como lidar com um DJ. Ah, sim. Portanto…

MANUEL DE ETIQUETA COMO LIDAR COM UM DJ!

1. Não tente conversar sobre seus problemas pessoais com o DJ enquanto ele está tocando. Não que ele não possa conversar de jeito nenhum – ele pode, mas está mais concentrado em outra coisa, se é que você não percebeu.

2. Não peça aquela música incrível pro DJ. Existe a velha máxima que diz: DJ não é jukebox. Não é mesmo. Na maioria das vezes, se você está achando o som chato, você está na balada errada ou está precisando beber mais. Ainda mais quando o DJ é o DJ residente. Ele sabe muito bem o que está fazendo, viu? Você que não sabe!

3. Mas se você está achando o som chatíssimo mesmo, vale ficar olhando fixamente pro DJ e, quando seus olhos se cruzarem, fazer uma carinha fofa e um gesto do tipo “pula pra próxima?”. Comigo sempre funcionou. Mesmo porque se estiver chatíssimo, ele também percebeu isso.

4. O DJ adora quando você dança perto dele. Mas ele ODEIA quando você esbarra no equipamento. Portanto, stay close but DON’T GET CLOSER! hahaha

5. Dançar na cabine é legal mas cuidado pra não atrapalhar o DJ. Se você está muito bêbado, dançar na cabine NÃO É LEGAL!

gagaparisJá que todo mundo é DJ, néam…

6. É de bom tom deixar o DJ passar na frente na fila do banheiro enquanto ele está tocando e bate aquela vontade de “pera xixi”. Se ele for educado, não vai pedir. Mas se você também for educado, vai oferecer. Ofereça, é fofo e aí você ganha créditos e, quem sabe, ele pode se transformar em jukebox por alguns minutos e tocar a música que você quer muito ouvir. E pode ter certeza que ele vai ser rápido! hahaha

7. O item acima também vale pro balcão do bar. Ou você pode se oferecer pra pegar uma bebida pra ele enquanto ele está tocando.

8. Oferecer bebida do nada também é bom. Mas ofereça o que você já reparou que ele está tomando, pode ser que ele não queira misturar principalmente porque está tocando e não é legal tocar caindo de bêbado. É um jeito de dizer “tô curtindo tanto o seu som que até reparei no que você está bebendo” hahaha

9. Você mexeria nos instrumentos de um cirurgião enquanto ele faz uma cirurgia? Então por que está mexendo nos meus CDs? Tira a mão, por favor? Obrigado.

10. Não, a cabine NÃO É guarda-volumes. Quem deixa as coisas na cabine são os DJs e os amigos muito próximos dos DJs. E os colunistas. E os peguetes. Enfim, como você pode perceber, já é muita gente que deixa as coisas lá. Simancol: deixe a sua mochila em casa, você não precisa levá-la pra balada mesmo, né? E se levou, se vira.

E não se esqueça: nada de palitar os dentes. Nem na cabine, nem na pista, nem em lugar nenhum.

Jorge Wakabara já trabalhou com Gloria Kalil e teoricamente sabe do que está falando. Teoricamente.

Balada Mixta #2: Britney Edition – 08/10

Vamos começar essa brincadeira gostosa?

Pra muitos, “semana quente” é sinal de coisa ruim e “semana fria” sinal de coisa boa. Pra gente é o contrário: “semana quente” é sinal de coisa muito boa. É sinal de quinta-feira bafônica com Balada Mixta. E essa quinta tem!

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As sextas-feiras de ressaca já começam a ficar tradicionais com a terceira edição da festa mais comentada na mídia nos últimos tempos. Essa semana fomos matéria do Guia do Estadão, vocês viram?

Para a edição #2, faremos uma o-menage para a Britney! Uhum, it’s Britney Edition, babe! No line up abre com nossa residente mensal, a musa de todas as musas: Katylene. Sim, ela de novo! Porque em balada que dá certo a gente não mexe, néam? E o set da Katy é um dos principais comentários de todas as sextas pós-Mixta!

Jorge Wakabara, editor do blog da Lilian Pacce, também integra a escalação desta edição. O Jorge não é só colunista do blog, ele também é super amigo e já figurinha carimbada da festa. Diz que tem gente que vai pra Balada Mixta só pra ver o Jorge. E ele cortou o cabelo essa semana, tá lindo, e não da pra perder o set pop dele! (Jorge, traz Os Princesa de volta!!!).

Quem fecha o line up desta edição é o D.U.I., sigla para “Driving under the influence”, duplinha amiga formada pelas fashionistas Ju Muñoz e Gabi Pacheco. A Ju é uma das maquiadores mais respeitadas de São Paulo, trabalhou como assistente de nomes incríveis como André Gagliardo e hoje bomba na carreira solo. E a Gabi não fica atrás: ex-Chic e editora de moda do Vírgula, hoje arrasa nas social medias (oi hype!) pela agência Cubo.cc.

Além dos DJS convidados, temos os residentes Pedro Beck e Poms. O primeiro abre a pista da Funhouse e o segundo fecha. Ou seja, tem DJ pra bater o picumã de 23h de quinta até seis da manhã de sexta! Ah, e tem a surpresinha dessa edição, lóóógico. Depois de strippers, Twitter elegante e máscaras do Zé Mayer, acredite, você não vai querer perder a próxima surpresinha!

Lista amiga (R$ 10) aberta até às 19h de quinta-feira: baladamixta@gmail.com

DJs convidados

Katylene (Katylene.com)
Jorge Wakabara (Lilian Pacce)
D.U.I. (Gabi Pacheco e Ju Muñoz)

DJs residentes
Pedro Beck
Poms

Confirme sua presença AQUI!

Se joga com a gente? Muah!

Balada Mixta @ Funhouse
Rua Bela Cintra, 567
A partir das 23h

Coluna: Konichiwa, bartender #1

jorgeA Jana tem uma tática muito boa quando ela toca – que alguns podem chamar de “apelou-perdeu”, mas que atire o primeiro CD-R quem nunca tocou Madonna quando a pista ficou meio miada. Ela geralmente faz uma seqüência matadora de Lady GagaRihannaKylieBeyoncé, não exatamente nessa ordem. É inevitável que as beeshas estejam gritando e se descabelando na pista quando começa a quarta música.

Lady Gaga é a exótica, Rihanna é bem novinha ainda e Kylie não me convence cantando musiquinhas de amor e pegação com a idade que tem. Agora, e Beyonça? Qual o segredo dessa mulher que consegue ser um pouco exótica, ultrapopular, diva e bróder da galera? A Beyonça é o tema da Balada Mixta #1, e a gente vai tentar desvendá-la nessa coluna.

Começo

Pra começo de conversa, Beyonça tem a minha idade! Nasceu em 1981 e o seu nome inteiro é, pasmem, Beyoncé Giselle Knowles. Cafoninha, né? Mas um cafona do bem, a gente gosta! Pra relembrar: ela fez sucesso mundial primeiro com o Destiny’s Child. Lembra de “Bills, bills, bills“? Na minha opinião, a música entrou imediatamente no imaginário das gay porque 1) engrossava o coro de “eu pago as minhas contas, ninguém manda em mim” 2) gente, falar “bill” em uma música já é dar pinta, agora falar “bill” três vezes no refrão?!

Várias outras músicas do Destiny’s Child eram do tipo “sou dona do meu próprio nariz, sou gostosa, sou fodona”. E Beyonça sempre se destacou no trio: a mais bonita, a que cantava melhor. E daí pra uma carreira solo… um pulinho, né?

Perigosa…

Em Crazy in Love, todo mundo assistiu chocado a Beyoncé se jogar no chão de shortinho e salto vermelho. Ela ficou louca! E aí a gente percebeu que aquele arzinho cafona do Destiny’s Child talvez era simpático, talvez era do bem… Ela também usava um vestido todo moderno de cabelo meio geométrico, um casaco de pele com body por baixo e um brincão que devia ser mais pesado que um filhote de raposa e por aí vai. Diva moderna. E a música é tão empolgante que a gente acha que tá meio doido de amor quando escuta. Foda. Do mesmo disco, Dangerously in Love, o clipe de Baby Boy traz a Bee (tem coisa melhor que uma cantora cujo apelido é BEE?) baixando o santo e espalhando areia pra tudo quanto é lado. #PombaGiraFeelings

Insubstituível?

Como nada é perfeito, o segundo disco não era tão cheio de hits quanto o primeiro. Não tinha nenhuma Crazy in Love. Tudo bem. Tinha Irreplaceable, que pra mim é a música do disco, e é muito mais madura do que as da época do Destiny’s Child – tipo, não é simplesmente “sou fodona” mas é um toque do tipo “você não é insubstituível”. E posso ouvir no jeito que Beyonça canta, nas entrelinhas, que nem ela é… nem ninguém. Nem mesmo ela mesma.

jorgebeyonca

Fudeu: a segunda Crazy in Love

Muita gente já tinha percebido que o modelo de diva que Beyoncé assumia era diferente do que a gente estava acostumado do meio dos anos 90 pra cá. Bee não era delicada (e chata) como a Celine Dion, não era teen que nem a Britney e a Christina Aguilera. Sua matriz era mais poderosa, e vinha de antes de Madonna. Inclusive ela mesma sabia… E todo mundo teve certeza que ela era uma Tina Turner nitroglicerinada quando Single Ladies foi lançada.

Com maiô, duas dançarinas ao seu redor e uma coreografia enérgica – e mais nada – Beyonça fez o clipe mais copiado de 2008 e de 2009 também! Um monte de versões surgiram na internet, inclusive com alguns famosos. Ela tinha feito mais um hit que iria agitar a pista tanto quanto Crazy in Love.

Conclusões

Beyonça tem uma mãe de gosto extravagante que faz roupas e tem uma marca (que chama House of Dereon, vai vendo…), uma irmã doidinha que está mais pra Lady Gaga do que pra Beyonça e que também canta (e que é ótima e divertidérrima, a Solange), não é magérrima (aliás, pelo contrário, tem mais curvas do que o showbusiness ousou permitir em uma supercelebridade pós era do heroin chic). Não é muito chegada em badalações – você não vê foto de paparazzi flagrando a fofa se acabando em uma festinha. Aliás, é supercomprometida e, ao que tudo indica, superfamília.

Com tantos fatores que podiam dar errado, parece meio estranho que tudo dê certo. Mas pra mim é tudo muito simples: Bee tem música boa no repertório. E não adianta tentar produzir uma superstar com músicas ruins. Não funciona. Não dura. Eu acho, por exemplo, que a Beyonça no fundo é tão certinha que nunca se permitiria ir na Balada Mixta, porque é de quinta-feira. Mas tudo bem, a gente vai na Balada Mixta por ela e dança as músicas dela.

Jorge Wakabara é jornalista e surpreendentemente não sabe a coreografia de Single Ladies. (NÃO SEI MESMO!)

Coluna: #mixedfeelings #0

lu_obiniskiQuando recebi o convite do Pedro Beck pra integrar o time de colunistas (oi, na verdade é uma dupla, eu e @wakabara) aqui, fiquei insegura. Eu já sou insegura por natureza, mas queria ter certeza que o Pedro tinha me chamado porque gosta de mim como mulher heterossexual (haha), e não por amizade.

Aí que foi justo essa insegurança que me deu inspiração pra essa primeira coluna. Eu realmente tô cansada de gente que faz carão o tempo todo – ou, pior, tenta sem sucesso. acho que todo mundo tem direito de se produzir e sair de casa achando que está LINDA de vez em quando (ou sempre), contanto que isso não seja sua única preocupação na vida (#ficadica). E sentia cada vez mais falta de uma festa onde todo mundo pudesse ir pra se divertir. De jeans e camiseta ou montado, mas que a preocupação geral não fosse ficar ‘medindo’ a roupa dos outros.

Porque, assim, eu sou essa pessoa. Não tô sempre linda, com a melhor roupa, com um look incrível, com make perfeito. Mas eu leio (menos do que gostaria), assisto filmes novos e antigos, saio pra comer com amigos, vou a exposições de arte e OUÇO MÚSICA indie e POP, que ninguém é de ferro. E prefiro ocupar meu tempo dessa forma. Quando eu cheguei na Balada Mixta (com look incrível, decretado por Jana Rosa, porque eu tava numas de me arrumar), rolou um ‘mixed feelings’ (no pun intended) se o povo ia ficar no carão ou ia se jogar como se não houvesse amanhã. Ainda bem que todo mundo escolheu a segunda opção, cantou com força hits do Backstreet Boys e não ligou que a Katylene tocou três Britney em menos de uma hora. Eu amei. Mesmo acordando atrasada no dia seguinte e passando o dia feito zumbi.

E espero que a Balada Mixta fique cada vez mais assim. Povo alegre, cantando e dançando pelo simples prazer de ser feliz, voltando pra casa antes do que gostaria, porque ainda é quinta, mas não reclamando da ressaquinha na sexta. Porque se divertir cansa, mas vale a pena. Carão só cansa.

Luciana Obniski é jornalista e, no dia da foto, estava montada.

Coluna: Konichiwa, bartender #0

jorgeOi, primeira coluna, né? Quando rolou o convite de escrever aqui fiquei meio assim porque não sabia do que falar. O Pedro me disse que podia falar do que quisesse – mas é esse problema, quando a redação é tema livre tem tudo pra sair uma merda. E enfim, a primeira Balada Mixta nem aconteceu, não sabemos a carinha dela – a promessa é de coisas boas! – mas não tinha referencial nenhum além desses três:

– O Pedro Beck, mas não queria falar do Pedro Beck, já basta ele ser leonino;
– A Katylene, mas não queria falar da Katylene, já basta ela ser taurina e tatuada;
– e a Funhouse em si – qual será o signo da Funhouse?

Aí então o tema dessa primeira coluna é a Funhouse, e o tema das próximas colunas pode vir da própria Balada Mixta (coisas que vi, que ouvi, que pensei por lá) ou das atrações. Combinado?

Bom, a Funhouse é um lugar muito importante pra mim. Sei que a “publicidade” Balada Mixta procura afastar a imagem rocker da Funhouse pra assumir um lado mais pop, mas a verdade é que sempre me atraí pela Funhouse (que a gente chama carinhosamente de fãnhózi) por causa do lado rocker dela. Era o local onde eu ia ouvir Pixies de quinta-feira pra aparecer ressacado no dia seguinte no trabalho. Viu? Algumas coisas não mudam! É isso que a gente vai fazer no dia 11!

Bom, existiram pra mim três fases da Funhouse (deve ser diferente pra cada um, tô falando do meu caso específico). Na primeira a gente ia, dançava músicas de bandas que a gente desconhecia – Da Escócia? Da Islândia? – e cometia delitos do tipo levar um gravador de fita pra balada e fingir que era repórter de uma rádio. Eu e Ana Laura já entrevistamos algumas pessoas na Funhouse. Sério. Nem sei onde está essa fita. Na época, que me lembre, não existia nas imediações nem Exquisito, nem Leblon, nem Geni, nem nada.

Na segunda fase nós (Ana Laura, Bia Bonduki e eu) tínhamos uma banda, Os Princesa, e o show da Funhouse foi um dos melhores que a gente já fez. Nós abrimos pro Bonde das Impostora – foi isso? Eu estava muito bêbado, não lembro direito. Sei que quase entrei em coma alcoólico no palco antes do show começar e escondi uma cerveja de mim mesmo atrás do retorno, depois reencontrei a cerveja no meio do show, depois apareceu uma menina com o cabelo enoooorme e um casaco de pelos enooooorme que simulou sexo oral em mim, depois ela estava do meu lado no palco (?). Depois a gente descobriu que ela se chamava Miki e era americana – ela virou nossa amiga. Dizem que nós estávamos ótimos no show – não me lembro de quase nada, como vocês podem perceber. Até hoje tem gente que chega e pergunta: você não era de uma banda que fez show na Funhouse? Bom, melhor eles lembrarem de um dos melhores shows.

66170978_0254c71099_oEu, Jorge Wakabara em versão irreconhecível

A terceira fase é a que eu dava umas escapadas pra Funhouse escondido de todo mundo com a Monayna (que não tem Twitter). A gente ia – na quinta-feira! – pra OUVIR PIXIES. Não íamos pra paquerar, nem pra conversar. Ficávamos dançando e bebendo caipirinha – e de algum jeito aquele chão xadrez aquecia os nossos coraçõezinhos saudosos de baladas que tocavam Pixies… e bandas desconhecidas da Escócia e da Islândia.

Bom, o mundo gira. Tem também a quarta fase, de agora, que a gente vai pra Funhouse e pode ouvir Lady Gaga – sacrilégio ou novos tempos?

Acho que a Funhouse é geminiana.

Jorge Wakabara é jornalista e te ama.


Balada Mixta

Mensalmente no Estúdio Emme (Pedroso de Morais, 1036, Pinheiros). MUITA música POP! Mande seu nome para a lista amiga (R$ 25) e venha se jogar na pista com Katylene, Pedro Beck, Pomada e seus convidados: baladamixta@gmail.com